A língua lambe as pétalas vermelhas
da rosa pluriaberta; a língua lavra
certo oculto botão, e vai tecendo
lépidas variações de leves ritmos.

E lambe, lambilonga, lambilenta,
a licorina gruta cabeluda,
e, quanto mais lambente, mais ativa,
atinge o céu do céu, entre gemidos,

entre gritos, balidos e rugidos
de leões na floresta, enfurecidos.

(Carlos Drummond de Andrade)

Estranha, sob minha compreensão, digo, não aprecio prática ativa do ritual, e raras são razões de ingressar dessa maneira à entranha.
João S. Souza