Outrora, 1997, os personagens Eduardo Azeredo e cabo Júlio, situados em pólos opostos, o primeiro mencionado governador de Minas Gerais e o outro, militar, à frente de membros revoltosos da corporação estadual por reivindicações, especialmente melhoria salarial, que pouco mais de um ano após resultou sua eleição como deputado federal, e seu colega de farda, sargento, também membro da revolta que causou morte do cabo Valério por disparo de arma-de-fogo, elegeu-se deputado estadual, e, naquele diapasão, o mandatário-máximo-regional, Azeredo, não obteve êxito — diga-se, antes sofrera condenação em Ação Popular por iniciativa exclusiva individual e responsabilidade profissional deste advogado, ora articulista — relativo à pretendida reeleição (manutenção no cargo governamental), até então ocupado, claro, pelo referido ‘político’ mineiro.
Atualmente — há um mês —, os dois primeiros citados — divergentes entre si no passado —, diferentes apenas quanto a especificidade (minúcias) de procedimentos, tanto que têm apenamentos (punições) distintos, ou seja, o ex-governador a cumprir 20 anos e 10 meses de cadeia, e o Cabo-deputado obedece aos 6 anos de prisão, embora, ambos recolhidos, igualmente, a quartel de Bombeiros, em razão das respectivas condenações nos julgamentos judiciais na segunda-instância (TRF e TJMG) em razão de atuações diferentes apenas quanto à forma ilegal aplicada por cada indigitado agente, mas, ao final, cruzados seus destinos no mesmo recinto. Assim, resta a dúvida qual deles herói, ou vilão.
João S. Souza