Impõe-se má FALA como hábito. O livro crônico Antídoto Temporão, de 2010, aborda o tema com exposição de situações fáticas extraídas das centenas de anotações.
Há algum tempo, aproximadamente duas décadas, observo “dissertação” produzida a partir de emissoras de rádio e televisão.
Protagonistas de produção midiática alcançam e contaminam, indiscriminadamente, seguidores-ouvintes, além da anuência de interlocutores (entrevistados) em tempo real tupiniquim. Ignorância funcional à parte, prevalece o descaso com o dever de ofício, que difunde formato estonteante, massificador, que institui ERRO em lugar de ACERTO.
A “moda” atual é “acabou” daqui e acolá, não importa se referente à MORTE ou a NASCIMENTO, tal qual a utilização indevida do “vai” aqui, “vai” pra lá, “vai” pra cá, “entrar dento” disso e “sair fora” daquilo. Indivíduos (comandados e patrões) desnorteiam a população e destituem a Escola com supressão do conhecimento. O desdém e deboche da Inteligência têm preço e peso de ouro, ou seja, “mercadoria” deteriorada, equipara-se a produto de açougue imprestável ao consumo, pois, nocivo à saúde, embora, no que tange à questão do produto mídia eletrônica, prevalece a complacência do Estado, que, benevolentemente, alimenta empreendimentos do gênero, pois, alguns bilhões monetários sacados do erário, sem qualquer cerimônia, são pagos anualmente a título de propaganda de governos (municipal, estadual e federal) travestida de anúncios institucionais. Prática medíocre, escancarada aos nossos olhos e, principalmente, introduzida aos ouvidos de todos com os privilégios naturais da visão e da audição. Grave transgressão a constituição Federal (artigo 37), além da ofensa aos elementares princípios éticos e morais necessários à URBANIDADE e à HARMONIA para o desejável convívio social.
João S. Souza