Há mais de meio-século, desde antes da construção da capital federal, existem atuações delituosas focadas no aproveitamento de cofres públicos com intuito escuso de enriquecimento sem causa, e porque aproveitam da vulnerabilidade moral (improbidade) administrativa estatal, o que a “Operação Lavajato” descortina, expõe rol de empresas operadoras do esquema de saquearem o patrimônio formado, sacrificadamente, por toda população do Brasil.
A vasta lista encabeça por Odebrecht, acompanhada por Andrade Gutierrez, Mendes Júnior, Camargo Corrêa, Serveng, Engevix, UTC, que, exacerbadas, proposital e gananciosamente, formaram fortunas, as quais, mais ou menos, meia-dúzia de empreiteiras, somados seus faturamentos, representam 15% do PIB (produto interno bruto — toda circulação/movimentação econômica) nacional, e, frise-se, essa dinheirama extraída da arrecadação de tributos (impostos, taxas e contribuições) municipais, estaduais e federais, portanto, de todos nós mantenedores do Estado, porque submersos nesses lamaçais malcheirosos e formados à base da corrupção, praticamente institucionalizada nacionalmente.
Após as anunciadas delações (acordos de confissões criminais), surgem campanhas-midiáticas (rádio e tv) pagas e sob inspiração das duas primeiras citadas acima, com aparente conteúdo “moralizador”, não existiriam acaso as patrocinadoras-promocionais pautassem suas atitudes na normalidade.
Pessoas afortunadas, espertas, empreendedoras-matreiras e mancomunados com malditos gestores-oficiais,todos impiedosos, não limitaram suas atitudes na exclusão de conluios favoráveis a si, portanto, distantes do interesse social ou público.
A punição merecida às empresas mencionadas, por seus gravíssimos descaminhos, seria impedimento definitivo de contratações com governo, além de impingí-las ressarcimento financeiro correspondente ao dinheiro pilhado do erário, contudo, as pregações de boas-maneiras-futuras, sem mínima garantia de cumprimento das propagadas promessas.
Assim, a população, em geral, a mercê do futuro, este, adiante de tudo e incerto.
João S. Souza