Certa feita, numa das costumeiras oitivas de Rock’n Roll, principalmente às segundas-feiras, bar Auto Espeto, eu ouvi do amigo de poucas décadas, Cebola (Valter Júnior), referência a mim dirigida “tu tentas modificar com participação direta sobre aquilo que não concordas, inclusive área musical”.
Assim, quão incontida e notável insatisfação perante ditos ‘influencers’ e/ou ditadores de gostos e costumes, particularmente quanto à deteriorada — para não dizer apodrecida — qualidade e, também, quantidade expositivas de formatos de música, por imediatismo da ganância impulsionadora, diuturnamente, em obra e graça (não significa de graça) dos chamados meios midiáticos profissionais, cujos interesse e, claro, participação nos resultados financeiros são, inegavelmente, abundantementes.
Retomo, portanto, FALA inicial para apresentar a quem — conviva ou não — eventualmente desconhece minha proposição em composição, influenciada por profundos sentimentos, dos quais, a seguir audível e legível — suponho também inteligível — repugnância ao estado de coisa, ora em questão:
I N S I P I E N T E S
(João Silva de Souza)
Influente propósito em pó/ema válido, em vez de silêncio;
Porém, declaro, humildemente, conteúdo indecente;
Perverte mente indigente, linguagem ingerente;
Externo massificante por gente arrogante;
Insipiente, acaso não displicente, alheia à lógica;
Atacante primitivo, impiedoso com semelhante;
Almas penadas quiçá vampiro das trevas;
Sugam e deglutem sangue da mansa manada;
Saúdam e desfraldam bandeira da pátria-amada. João S. Souza