<strong>Certas feitas, década 1.990, quando fazia campanhas públicas (distribuições de panfletos e falas por “autofalantes” na Praça 7, BH) iniciadas em 1.988 e aliadas a variados procedimentos judiciais (mandados de segurança etc.), uma dos alvos das minhas investidas era TELEMIG (à época empresa do governo federal), eu recebi acusação “especulador de linhas telefônicas” através da Rádio Itatiaia, feita pelo então presidente da referida empresa. No dia seguinte ao fato, sem pestanejar, requeri da emissora direito de resposta, e lancei no AR meu repúdio à agressão moral, cujo teor incluiu pecha “filhote de ditadura” ao ofensor (coincidentemente irmão do comandante geral da PMMG), além do subsequente e imediato ingresso de Ação Criminal contra o poderoso indivíduo, bem como prossegui com mais afinco impulso aos processos na Justiça Federal, que resultaram condenaçôes da Empresa governamental, esta obrigada à suspensão das vendas de “planos de expansão” (promessas de linhas telefônicas) e também submetida, compulsoriamente, entregar aos consumidores adquirentes das ditas LINHAS (telefones) acumuladas 115 mil entre residências e comércios em toda Minas Gerais, cujas compras datavam de 2 até 6 anos de atrasos de entregas aos seus compradores.
Agora e há alguns anos ouço, vejo e leio (rádio, jornais, site, rádio, vídeo) pessoas firmarem pontos-de-vista negativos (ladrão, corrupto, bandido, contratante de jagunço, vagabundo) a respeito de figurões dos poderes executivos, legislativos, judiciais e empresariais, contudo, não se conhecem eventuais reações legais equivalentes e vindas dos “ofendidos”, ou seja, pairam dúvidas no espaço atmosférico: são verdadeiras tais assertivas, ou todos envolvidos “são farinha do mesmo saco”; parecidos com enxague de sujo feito por malavado.
Para aonde se evadiram moral e bons costumes?
João S. Souza