Moradores de Belo Horizonte e, porque não, o resto do Brasil, a mercê da bandidagem e da violência, que não respeita lei, ofende integridades físicas, mata e expropria materialmente, além de ofensas morais indiscriminadamente, independente de as pessoas transitem ou estejam recolhidas em seus domicílios — “asilos invioláveis” –, estes, em tese, segurança dos seus ocupantes.
Sexta-feira retrasada, meu filho mais velho e sua tia, ao retornarem do agência do Itaú, no Carlos Prates, a apenas 100 metros da companhia da polícia militar, roubados por bandidos armados e sobre motociclista, que os ameaçaram e levaram dinheiro e celular, e, naquela mesma data, não por coincidência, noutra região (Oeste), João Vitor, outro parente próximo, à luz do dia, também ameaçado de morte, sofreu roubo, o crime intitulado “assalto”.
Não há dúvida, o crime, potencialmente, e criminosos em atividade confiam na impunidade corrente.
Apenas para argumentar, oportuno frisar as ausências de efetivas apurações de autorias dos milhares de homicídios anuais, superior a 80%, significa julgamento de menos de 20 a cada 100 assassinatos.
Mas, ao que parece, brasileiro espera acontecer consigo para reagir ou apenas se lamentar, muitas das vezes com lágrimas!
SEM TAMPAR  SOL  COM  PENEIRA
Particularmente, advogado atuante quase irrestritamente (áreas cíveis, trabalhista, tributária e criminal), há 37 anos, nunca aceitei patrocínio de defesa de bandido — acepção etimológica –, no Antídoto Temporão (livro publicado em 2010) eu retrato fórmula ou sugestão aos colegas como meio de reação ao crescimento da criminalidade, tal qual tracei método de extinção desse sistema cartorial que exige da população tantos dispensáveis procedimentos onerosos (reconhecimento de firma, traslado, registros, inclusive de nascimento e casamento), que somente atendem interesses financeiro e econômico do Estado (governantes) e dos detentores do poder de arrecadação compulsória e, claro, enriquecimento injusto às custas dos indivíduos contribuintes (mantenedores) desse sistema perverso, se não pervertido, de gerenciar a coletividade.
João S. Souza