Há anos, meses, semanas, dias e horas quase nada se fala sem a ingerência de algo ligado à “Lava-Jato” e, consequentemente, às outras operações do gênero apuratório face às incontáveis suspeitas de crimes exclusivamente contra o erário (dinheiro) público brasileiro, em todas esferas dominadas, objetivamente, pelo Estado (municipal, estadual e federal) na sua atuação direta (órgãos oficiais) e, também, indireta operada nas diversas maneiras (empresas públicas, economia mista e as parcerias públicas-privadas) de esvaziamento dos cofres estatais, que, à luz das evidências com clareza tropical, exibidas, ininterruptamente, ao conhecimento de quem não usa, convenientemente ou não, venda a cobrir, inteiramente, sua visão.
Destrinchar o sistema criminoso atuante por vários séculos no Brasil necessitar-se-á muito mais tempo e ações efetivas do que despendido nessas buscas, que, se não possibilitam reparações dos gravíssimos e generalizados danos causados à populacão — principalmente à parte mais vulnerável dos habitantes –, ao menos resultar-se-ão parcial, mas, importantes estancamentos de desvirtuamentos em todos sentidos, especialmente, claro, em relação aos sangramentos, inclusive literal, provocados por tantas e descaradas roubalheiras.
João S. Souza