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O LIMITADO DOMÍNIO DA LINGUAGEM E SUS RELAÇÃO COM A DIMINUIÇÃO DO QI

“A simplificação dos tutoriais, o desaparecimento das letras maiúsculas e da pontuação são exemplos de “golpes mortais” na precisão e variedade de expressão.

Apenas um exemplo: eliminar a palavra “signorina” (agora obsoleta) não significa apenas abrir mão da estética de uma palavra, mas também promover involuntariamente a ideia de que entre uma menina e uma mulher não existem fases intermediárias. Menos palavras e menos verbos conjugados significam menos capacidade de expressar emoções e menos capacidade de processar um pensamento.
O desaparecimento gradual dos tempos (subjuntivo, imperfeito, formas compostas do futuro, particípio passado) dá origem a um pensamento quase sempre no presente, limitado ao momento: incapaz de projeções no tempo.
Ensinar e praticar o idioma em suas mais diversas formas. Mesmo que pareça complicado. Principalmente se for complicado. Porque nesse esforço existe liberdade. Aqueles que afirmam a necessidade de simplificar a grafia, descartar a linguagem de seus “defeitos”, abolir gêneros, tempos, nuances, tudo que cria complexidade, são os verdadeiros arquitetos do empobrecimento da mente humana. Não há liberdade sem necessidade. Não há beleza sem o pensamento da beleza.”

Christophe Clavé

“MALHAR EM FERRO FRIO”

Certa feita, numa das costumeiras oitivas de Rock’n Roll, principalmente às segundas-feiras, bar Auto Espeto, eu ouvi do amigo de poucas décadas, Cebola (Valter Júnior), referência a mim dirigida “tu tentas modificar com participação direta sobre aquilo que não concordas, inclusive área musical”.
Assim, quão incontida e notável insatisfação perante ditos ‘influencers’ e/ou ditadores de gostos e costumes, particularmente quanto à deteriorada — para não dizer apodrecida — qualidade e, também, quantidade expositivas de formatos de música, por imediatismo da ganância impulsionadora, diuturnamente, em obra e graça (não significa de graça) dos chamados meios midiáticos profissionais, cujos interesse e, claro, participação nos resultados financeiros são, inegavelmente, abundantementes.
Retomo, portanto, FALA inicial para apresentar a quem —
conviva ou não — eventualmente desconhece minha proposição em composição, influenciada por profundos sentimentos, dos quais, a seguir audível e legível — suponho também inteligível — repugnância ao estado de coisa, ora em questão:

I N S I P I E N T E S

(João Silva de Souza)

Influente propósito em pó/ema válido, em vez de silêncio;

Porém, declaro, humildemente, conteúdo indecente;

Perverte mente indigente, linguagem ingerente;

Externo massificante por gente arrogante;

Insipiente, acaso não displicente, alheia à lógica;

Atacante primitivo, impiedoso com semelhante;

Almas penadas quiçá vampiro das trevas;

Sugam e deglutem sangue da mansa manada;

Saúdam e desfraldam bandeira da pátria-amada. João S. Souza

I N S I P I E N T E S (áudio)

LITERAL EXPLORAÇÃO

Pfizer, criadora de um dos antídotos preventivos à contaminação da COVID-19, a considerar diferença atual de preço (€8,46 = R$52,45) do colírio Xalatan na Europa, muito inferior ao valor no Brasil (R$176,00), consequentemente será, também, aplicada cobrança abusiva na medicação relativa ao Coronavírus.

João S. Souza

ESPERA PIORA

Carona no poema de Jaak Bosmans, observo não sabemos significância de Vocabulário, influência midiática eletrônica “profissional” estacionada: “acabou“, “segue“, “vai“, “foi“, “fica“, “a gente” etc.

João S. Souza

GRAMATICALMENTE FALANDOR

rasguei o verbo,
Chutei o pronome,
Queimei os objetos,
Enterrei os substantivos,
Matei o plural,
Derreti os artigos,
Escondi os adjetivos.
E ponto final.”

Jaak Bosmans

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