Alardes de distribuição de “dádivas” ou “milagres” (préstimos transcendentais) intermediados por indivíduos auto-proclamados mensageiros de ordens Divinas — várias são as nomenclaturas — endereçadas a carentes não apenas de médio-discernimento e vulneráveis por acometimento patológico — inclusive indigência — formam fileiras das vítimas de charlatões perniciosos — redundância inevitável — pelo planeta, e o mais recente desfecho de imbróglio “João de Deus” goiano chama quem porta racionalidade, portanto, pessoas que processam diferença entre possuir fé e transporte ao auto-de-fé (fogueira), porque o Além (inatingível) acima de todos, como futuro: adiante de tudo.
Ademais, não há convencimento capaz de contrariar dezenas de depoimentos de vítimas do “médium” ou “espírita” — suponho todos nós dotados de espírito — porque impossível creditar apenas na negativa de autoria do próprio investigado por imputação de atos criminosos, tampouco aceitar falas de gente com finalidades não confessadas ou por alienação ao “ofício”* (quase sempre lucrativo) a gerar fortunas, como indigitado acusado, pura vinculação à crendice à facilitação de vulnerabilidade coletiva em favor de espertalhões de matizes mil.
Sinto constrangimento, como ora ocorrente, a desqualificar indivíduo infeliz (desajustado), e esse “João de Deus” é, à luz de tantos depoimentos, contumaz miserável, enquadrado no covil ocupado por CANALHAS, diga-se, juramentados e contumazes, por obra da benevolência de leis e, também, omissões das ditas autoridades (Estado).
miseraveisindependentes.com*
João S. Souza