Inigualáveis malfeitorias, variadas em gênero e grau, irrelevantes origens ou fontes produtivas, são abundantes desvirtuamentos brasileiros resultantes de ações ou omissões, parte em forma de ELOS, não raramente entre agentes públicos e operadores da iniciativa privada em direção contrária à razoabilidade e longe do atendimento à economia popular, enquanto o povo habituado absorver, resignadamente, quantos os procedimentos indignificantes do Ser-humano como instituição racional e animal-social, atos embasados em incivilidade.
Saúde e, claro, preservação da vida exigem, prioritariamente, respeito indiferente a posicionamento geográfico das pessoas-alvos dessa ordenação, homo sapiens, que, a meu enxergar, pouco sapiente, persegue a própria espécie como lobo e hiena a consumirem até a sua carcaça, lato sensu.
Flagrantes constatações de perversões à normalidade em praticamente todos segmentos ou atividades.
A indústria farmacêutica, por sua vez, impõe ferozes e abusivos preços cobrados por seus produtos, enseja ilustração (exemplificação) através da minha pessoal experiência relativo especificamente a uma droga farmacológica (remédio), cujo preço da sua comercializado no Brasil é R$167,00, enquanto o mesmo medicamento Xalatan (colírio), do laboratório Pfizer, vendido em farmácias na Europa (onde caminhei entre os meses de maio e junho de 2018), tem preço de €8,50 (oito euros e cinquenta centavos), corresponde a R$39,00 (trinta e nove reais), comprovadamente através de cupons fiscais em mãos.
O brasileiro, costumeiro conformista por falta de capacitação ao exercício racional, que, ao que parece, endêmico e/ou congênito, atribuirá, certamente, culpa à alta taxação tributária brasileira por distorção acima apontada, embora, fato o exacerbo tributário indiscriminado sobre produtos e serviços essenciais a vivente, que, verdadeiramente, não corresponde à realidade à luz de sabença primária e inteligência mediana faz-se simples o deslinde da questão por fundamentação aritmética, claro, porque não existe dúvida quanto à ganância desmedida na exploração literal da massa popular sob tal governança , assim como “plano de saúde” contrata “conferencista” tipo Camarote, integrante de formato radiofônico pátrio a débito de pagadores desse e todos outros dispêndios, inclusive dispensáveis, protagonizados por tal setor mercantil.
“Desastres” humano e ambiental por mineradora “Vale” (ex-Vale Rio Doce, privatizada), espelha, claramente, propósito de descompasso entre mercantilização e regularidade procedimental empresarial, e a inapetência oficial (governo) corrobora a intuitos de esperteza, avareza e ausência de escrúpulo.
Laboratórios/indústrias farmacêuticas pagam caras palestras ministradas por midiáticos “famosos”, como a fabricante de remédios que contratara Ricardo Boechat — morto na queda do helicóptero irregular –, às custas, claro, dos consumidores-enfermos; hospital de Belo Horizonte — valores de estadias e internações superiores à hotelaria 5 estrelas — patrocina ganhos milionários de afortunados jogadores-de-futebol.
Há sociedade relacionada a todo tipo de atividade (comercial, esportiva etc.), contudo, inexistentes ou invisíveis feitos associativos humanitários menos percebidos a olho nu.
Sistema financeiro ou bancário amparado por prática da usura, que, em tese, é, formalmente, delituosa, não apenas em terra tupiniquim.
Idos de 1996, época embrionária de contestação a juros extorsivos (abusivos) atendi à súplica de gente endividada além das suas posses, desprovida de recurso econômico-financeiro, emparedada frente a execução (exigência de liquidação) de empréstimo contraído através de financiamento bancário, cujo o Banco Excel (extinto e incorporado a conglomerado do ramo), enfrentou oposição, e obtivemos resultado favorável às vítimas da perversidade, excluídos na decisão judicial as cobranças extorsivas representadas por juros excessivos, portanto, posicionamento não restrito a discurso ou a teoria.
(7 junho – dia da liberdade de expressão)
João S. Souza